A obesidade mórbida é uma condição grave, caracterizada por um acúmulo excessivo de gordura corporal, que pode ter sérias consequências para a saúde, incluindo doenças cardíacas. Neste artigo, exploraremos o que é a obesidade mórbida, seus sintomas e como ela pode levar ao desenvolvimento de doenças cardíacas.
A obesidade mórbida é mais do que apenas excesso de peso. É uma condição na qual o índice de massa corporal (IMC) ultrapassa 40, indicando um risco significativo para a saúde. Além de causar constrangimento e problemas psicológicos, como baixa autoestima, a obesidade mórbida está associada a uma série de doenças crônicas, incluindo diabetes tipo 2, pressão alta e distúrbios do sono.
Um dos principais riscos associados à essa doença é o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. O excesso de gordura corporal pode aumentar a pressão arterial, os níveis de colesterol e glicose, além de causar inflamação nas artérias. Esses fatores aumentam significativamente o risco de ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais.
Neste artigo, vamos investigar mais profundamente os sintomas da obesidade mórbida e como ela afeta o coração. É importante estar ciente dessas informações para que possamos agir proativamente na prevenção e no tratamento dessa condição potencialmente fatal.
Entendendo os sintomas da obesidade mórbida
Os sintomas da obesidade mórbida vão além do simples excesso de peso. Além de um IMC acima de 40, os indivíduos com obesidade mórbida podem apresentar dificuldades respiratórias, fadiga excessiva, dores articulares e musculares, apneia do sono, sudorese excessiva e problemas de pele. Esses sintomas podem variar de pessoa para pessoa, mas indicam uma sobrecarga significativa no corpo devido ao excesso de gordura.
É importante estar ciente desses sintomas para que possamos identificar essa grave doença precocemente e buscar ajuda médica adequada. Quanto mais cedo agirmos, maiores serão as chances de prevenir complicações graves, como doenças cardíacas.
Fatores de risco para o desenvolvimento de obesidade mórbida
Existem vários fatores de risco que podem contribuir para o desenvolvimento dessa doença. Além da predisposição genética, estilo de vida sedentário e uma dieta rica em calorias e gorduras podem desempenhar um papel importante. O estresse, distúrbios do sono, certos medicamentos e condições médicas também podem contribuir para o ganho de peso excessivo, assim como a gravidez nas mulheres e a interrupção do tabagismo.
É essencial entender esses fatores de risco para que possamos adotar medidas preventivas e tomar decisões informadas sobre nossa saúde. A educação sobre os fatores de risco da obesidade mórbida é fundamental para a prevenção e tratamento adequado dessa condição. Abaixo falaremos um pouco mais sobre alguns desses fatores.
- Predisposição genética
A genética contribui com mais de 50% do nosso IMC. Indivíduos com um dos pais obeso, aumenta o risco de obesidade em 3 vezes em relação à população geral. Se ambos os pais forem obesos, esse risco é 10 vezes maior. Assim, a predisposição genética associada a um comportamento sedentário e ingesta calórica excessiva favorecem a obesidade. - Medicações
Alguns medicamentos que causam ganho de peso incluem: hipoglicemiantes(p ex.: insulina, sulfonilureias),corticóides, antipsicóticos, antidepressivos, anticonvulsivantes e contraceptivos hormonais. - Condições médicas
Hipotireoidismo, Síndrome de Cushing, Síndrome dos ovários policísticos
A ligação entre obesidade mórbida e doenças cardiovasculares
Um dos principais riscos associados à obesidade mórbida é o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, incluindo:
- (hipertensão arterial)
- (colesterol alto)
- doença coronariana, como (angina) e (infarto)
- (insuficiência cardíaca), popularmente conhecida como “coração grande”
- (fibrilação atrial)
- acidente vascular encefálico (AVE), popularmente conhecido como “derrame”
- (trombose venosa profunda)
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Como a obesidade mórbida afeta o coração
O coração é um dos órgãos mais afetados pela obesidade mórbida. O excesso de gordura corporal coloca uma carga adicional sobre o coração, fazendo com que ele tenha que trabalhar mais para bombear sangue para todo o corpo. Essa sobrecarga pode levar à (insuficiência cardíaca) e (arritmias).
Além disso, a obesidade mórbida também está associada ao aumento dos níveis de pressão (hipertensão arterial), glicose (diabetes) e colesterol, fatores que levam à formação de placas de gordura nas artérias. Essas placas podem obstruir o fluxo sanguíneo e causar doenças cardíacas, como angina e infarto.
Outras complicações associadas à essa doença
Além de doenças cardiovasculares, a obesidade mórbida é uma condição que pode levar a uma série de outras complicações graves para a saúde. Essas complicações podem reduzir significativamente a qualidade de vida e aumentar o risco de morte prematura. Portanto, é fundamental buscar ajuda médica adequada e adotar medidas para controlar e tratar a obesidade mórbida o mais cedo possível. As possíveis complicações não cardiovasculares da obesidade morbida incluem:
- diabetes tipo 2
- cânceres, como mieloma múltiplo, câncer endometrial, de rins, esôfago, estômago, intestino, fígado, vesícula, pâncreas e mama
- artrose
- gota
- (doença gordurosa do fígado)
- pedra na vesícula
- infertilidade
- disfunção sexual
- síndrome dos ovários policísticos
- endometriose
- doença renal crônica
- pedra nos rins
- incontinência urinária
- depressão
- demência
- (apneia obstrutiva do sono)
- asma
- baixa imunidade, aumentando o risco de infecções pós-operatórias, pneuminia, gripe, COVID-19,
- lesões de pele, como acantose nigricans e estrias
- aumento do pelo corporal (hirsutismo)
Diagnóstico e opções de tratamento para essa doença
O diagnóstico dessa doença é feito com base no índice de massa corporal (IMC), que é calculado usando a altura e o peso de uma pessoa. Um IMC acima de 40 é considerado obesidade mórbida. Além disso, é importante avaliar outros fatores de risco e sintomas associados.
O tratamento da obesidade mórbida envolve uma abordagem multidisciplinar, com a participação de médicos, nutricionistas, psicólogos e educadores físicos. O objetivo principal é reduzir o peso corporal de forma saudável, por meio de mudanças no estilo de vida, alimentação equilibrada, atividade física regular e, em alguns casos, intervenções medicamentosas e/ou (cirúrgicas).
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