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Marcapasso no coração ❤️ o que pode ou não fazer

Saiba para que serve o ⭐ Marcapasso Cardíaco ⭐, função, valor, o que pode ou não fazer e como levar uma vida normal. Veja Aqui!

Você sabia que um marcapasso no coração pode salvar vidas? Neste artigo, vamos abordar tudo o que você precisa saber sobre o marcapasso cardíaco: o que ele é, a função que desempenha e como isso afeta sua vida diária. Se você tem algum problema no ritmo cardíaco, um marcapasso pode ser a solução para garantir que seu coração bata regularmente e de forma saudável.

Vamos explorar quais atividades são seguras e quais devem ser evitadas quando se tem um marcapasso, para que você possa continuar levando uma vida ativa e plena. Também discutiremos a importância de levar um estilo de vida saudável, incluindo uma dieta balanceada e exercícios regulares, para ajudar a manter seu coração forte e funcionando corretamente.

Então, se você ou alguém que você conhece está considerando um marcapasso cardíaco, continue lendo para obter todas as informações necessárias e começar a caminhar em direção a uma vida saudável e plena.

Introdução aos marcapassos cardíacos

Um marcapasso cardíaco é um dispositivo médico implantado para ajudar a regular o ritmo cardíaco de uma pessoa. Ele é usado principalmente para tratar bradiarritmias, um problema de ritmo cardíaco (arritmia) em que o coração bate muito devagar. O marcapasso funciona emitindo impulsos elétricos que estimulam o coração a bater no ritmo adequado.

A função de um marcapasso cardíaco

A principal função de um marcapasso cardíaco é garantir que o coração bata no ritmo correto. Ele age como um “marcador de passo” para o coração, enviando impulsos elétricos que estimulam as contrações adequadas do músculo cardíaco. Isso ajuda a manter o fluxo sanguíneo regular e o fornecimento de oxigênio para o corpo.


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Principais razões para a necessidade de um marcapasso cardíaco

As principais indicações de implante de marcapasso são falhas no sistema de elétrico do coração conhecidas como bradiarritmias, que consistem em arritmias (problemas do ritmo cardíaco) em que o coração bate muito devagar, gerando sintomas como tontura, desmaio, fadiga e baixa tolerância ao exercício.

As bradiarritmias geralmente são causadas pelo envelhecimento natural do sistema de condução elétrico do coração, e podem ser de 2 tipos:

  • Disfunção do nó sinusal: quando o nó sinusal, nosso “marcapasso natural”, que é responsável por iniciar os impulsos elétricos do coração, não funciona corretamente.
  • Bloqueio átrioventricular: quando os sinais elétricos do coração são bloqueados ou interrompidos no seu trajeto.

Como um marca-passo cardíaco funciona

O marcapasso cardíaco mais comumente utilizado consiste em um gerador de pulsos, uma pequena caixa metálica implantada sob a pele, geralmente abaixo da clavícula, conectado a um ou mais fios chamados eletrodos, que são inseridos nas veias e fixados no coração.

O marcapasso monitora constantemente o ritmo cardíaco e, quando necessário, o gerador emite impulsos elétricos que chegam ao coração através dos eletrodos, estimulando a contração cardíaca adequada.

O gerador possui uma bateria que fornece energia para o funcionamento do marcapasso. Essa bateria tem duração variável, de 6 a 12 anos, em média, que depende do quanto o marcapasso tem que trabalhar.

Exames que identificam a necessidade de implantar um marcapasso

Além da história clínica e exame físico, alguns exames cardiológico complementares auxiliam no diagnóstico das bradiarritmias, doenças que podem indicar o uso de um marcapasso:

  • Eletrocardiograma: registra a atividade elétrica do coração no momento do exame. Pode ser administrado medicações ou realizado manobras durante o exame para auxiliar no diagnóstico.
  • Holter: registro prolongado da atividade elétrica do coração, variando de um dia a semanas, permitindo flagrar bradiarritmias intermitentes.
  • Teste ergométrico (de esforço): monitoramento da atividade elétrica cardíaca e pressão arterial do paciente durante a atividade física na esteira ou bicicleta. Este exame é importante porque em alguns pacientes com sintomas sugestivos, a bradiarritmia pode se manifestar somente durante o esforço, com a resposta da frequência cardíaca prejudicada ao exercício.
  • Estudo eletrofisiologico: é um exame diagnóstico invasivo, raramente necessário, em que são colocados eletrodos dentro das cavidades cardíacas para estudar o sistema elétrico do coração.

O que você pode e não pode fazer com um marcapasso cardíaco

Com um marcapasso cardíaco, é importante ter algumas precauções em relação a certas atividades esportivas e dispositivos eletrônicos. A maioria das atividades físicas são seguras, porém é recomendável evitar esportes de contato.


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Quanto aos dispositivos eletrônicos, o risco de interferência eletromagnética com o funcionamento de marcapasso é baixo. A seguir detalharemos mais essas informações.

Interferência dos aparelhos eletrônicos com o marcapasso

Mesmo que os dispositivos eletrônicos representem um risco baixo de interferência, uma recomendação geral é tentar manter todos os motores e antenas a pelo menos 15 centímetros de distância do marcapasso.

  • Eletrodomésticos e eletroportáteis: não há recomendação de quaisquer precauções especiais ao usar eletrodomésticos e eletroportáteis comuns, como televisão, rádio, computador, impressora, sanduicheira, cafeteira, liquidificador, batedeira, forno micro-ondas, barbeador, secador de cabelo, balança digital, furadeira, parafusadeira, cadeiras e almofadas de massagem, dentre outros.
  • Telefones celulares: alguns aparelhos, com campos magnéticos mais fortes podem causar interferência no marcapasso. Para evitar que isso ocorra, a estratégia mais segura é buscar sempre usar o celular na orelha do lado oposto ao marcapasso, e carregar o celular no bolso abaixo da cintura.
  • Fones de ouvido: a maioria pode interferir com o marcapasso. A recomendação é manter os fones de ouvido a pelo menos 15 centímetros de distância do marcapasso. Assim, não coloque os fones em volta do pescoço ou nos bolsos da camisa e nem permita que alguém usando fones de ouvido descanse a cabeça em seu peito.
  • Sistemas de segurança: o marcapasso pode ser inibido na exposição prolongada a sistemas de segurança eletromagnéticos, como portões e sensores de loja antifurto e detectores de metal. Porém, não há riscos em exposições breves. Portanto, os pacientes com marcapasso são aconselhados a estar cientes da localização dos sistemas de segurança e a passar por eles em ritmo normal. Apesar de não haver riscos de dano ao marcapasso nessas situações, sempre avise à segurança local se você for portador, pois pode ser necessário que você seja submetido algum procedimento de segurança separado, como a revista tradicional com as mãos.
  • Aparelhos de ressonância magnética: é importante consultar seu médico antes da realização deste tipo de exame. Os marcapassos mais modernos geralmente são compatíveis com os aparelhos de ressonância magnética.

Recomendações de exercícios para pacientes com marcapasso

Na ausência de outras doenças cardíacas proibitivas, os pacientes com marcapasso podem e devem praticar exercícios físicos. Recomenda-se, porém, evitar:

  • esportes de contato associados a risco de trauma torácico (ex. luta, rugby), o que pode danificar o gerador. Alguns esportes, como futebol e basquete podem ser possíveis com o uso de acolchoamento apropriado.
  • esportes com movimentos pronunciados dos braços, como vôlei, basquete, tênis, golfe e escalada, devido risco de danificar os eletrodos, que podem ser comprimidos entre a clavícula e a primeira costela com esses movimentos.

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Complicações e potenciais riscos dos marcapassos cardíacos

Embora os marcapassos cardíacos sejam considerados seguros e eficazes, existem alguns riscos associados ao seu uso. As complicações, embora raras, podem incluir infecção no local do implante, sangramento, hematomas, desalinhamento dos eletrodos, danos aos vasos sanguíneos e insuficiência cardíaca.

É importante estar ciente desses riscos e relatar qualquer sintoma preocupante ao médico. Contate seu médico imediatamente se você apresentar soluços persistentes, falta de ar, dor no peito, edema de pernas, desmaios e/ou tonteiras.

Adaptação à vida com um marcapasso cardíaco

A adaptação à vida com um marcapasso cardíaco pode levar algum tempo, mas a maioria das pessoas se acostuma rapidamente e nem se lembra que faz uso. É importante seguir as orientações do médico em relação aos cuidados pós-operatórios, como evitar levantar objetos pesados e manter a área do implante limpa e seca nas primeiras semanas. Com o tempo, você aprenderá a reconhecer os sinais do seu corpo e a viver uma vida normal e ativa.

Dicas para levar uma vida saudável com um marcapasso cardíaco

Além de seguir as recomendações médicas específicas para o uso de um marcapasso cardíaco, existem várias dicas gerais para levar uma vida saudável e cuidar do seu coração:

  1. Mantenha uma dieta equilibrada: uma alimentação saudável, rica em frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras, pode ajudar a manter seu coração saudável.
  2. Faça exercícios regularmente: consulte seu médico sobre quais atividades físicas são seguras para você e tente incluir exercícios aeróbicos e de fortalecimento muscular em sua rotina.
  3. Controle o estresse: encontrar maneiras de lidar com o estresse, como meditação, ioga ou hobbies relaxantes, pode ajudar a reduzir a carga sobre o coração.
  4. Pare de fumar: se você fuma, é altamente recomendável parar, pois o tabagismo aumenta o risco de problemas cardíacos.
  5. Mantenha um peso saudável: manter um peso adequado para sua altura e idade reduz a sobrecarga sobre o coração.

Consultas regulares com médico cardiologista e manutenção do marcapasso cardíaco

Após o implante de um marcapasso cardíaco, é importante realizar consultas regulares com o médico cardiologista especializado em arritmia para monitorar o funcionamento do dispositivo e fazer ajustes, se necessário. Além disso, é fundamental seguir as instruções de cuidados e manutenção do marcapasso, como evitar exposição prolongada a campos magnéticos e notificar o médico imediatamente em caso de qualquer sintoma incomum.

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Por Dra. Mariana Fogaça - Médica Cardiologista

A médica Dra. Mariana Fogaça é formada pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (MG), se especializou em Cardiologia pelo Instituto Nacional de Cardiologia (INC) e conquistou o Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Atualmente Dra. Mariana Fogaça atua como Médica Cardiologista em Copacabana, Ecocardiografista e Clínica nos maiores hospitais da Zona Sul do Rio de Janeiro.

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